sábado, 7 de abril de 2012

Minha garota


Havia sangue por toda parte, eu sentia seu cheiro doce e quente. Naquela banheira estava o corpo, fora uma frágil garota, agora era só carne e uma poça do que um dia foi o que a manteve viva.
Agora era só o sangue de mais um cadáver. Olhava aquela cena com orgulho e prazer imensuráveis.
Sai sem ser vista, fui até a casa de Rafael e esperei meu melhor amigo pacientemente, quase duas horas. Eu tinha a chave; quando ele entrou não teve tempo de falar nada antes da primeira facada que lhe acertei na coxa, só para amoloecer as pernas. Amarrei ele à mesa e escolhi uma faca não muito afiada propositalmente, rasguei seu shorts, cortei seus testículos e os enfiei em sua boca. Escrevi com a mesma faca sem fio "vadia" em seu peito. sufocálo depois disso foi fácil.
Já minha garota mereceu marcas maiores, não lhe fui mais piedosa. Agora ela é só uma massa inanimada na banheira que tantos amores nossos já pode contar, esse amor é o maior deles, a última história da vida dela. O amor que a fez sangrar.
Cheguei ao apartamento dela ainda com o sangue do "amigo" em minhas roupas, ela olhou assustada, seu último olhar, a mesma faca. Arranquei seus olhos, lindos olhos que me seduziram. Arranquei sua língua e seus dedos lentamente.
Vadia, escrevi por todo seu corpo com a mesma faca testemunha, por cima dos cortes que ela mesma fazia para se martirizar por suas imperfeições imaginárias.
Ainda sinto o gosto do seu beijo, suave. Prefiro o doce do seu sangue. Vendo-a assim toda despida e trajando vermelho de seu sangue, afirmo que a cor lhe cai perfeitamente, bem como os cortes com os quais escrevi vadia em seu indefectível rosto angelical.


Com cruel amor: The Sweet.

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