quinta-feira, 19 de abril de 2012

Lâmina afiada.


  Estúpida, ranzinza e amargurada, quem sentiria sua falta?
  Sendo desse jeito, devia morar sozinha há anos, porque o homem precisaria que ter muita raça pra aguentar aquela coisa (não pode ser chamada de mulher , é coisa mesmo). Morando sozinha ou não eu queria matar ela na sua própria casa. Uma casa simples, limpa e arrumada. Enjoada como era não poderia se esperar menos.
  A observei por cinco dias, era o suficiente, pois ela seguia a rotina à risca, metódica e previsível. Não tinha animais de estimação nem porta retratos. Saía da universidade pouco depois das dez, então, segui a bruxa do 71 até sua casa.
  Dessa vez estava fazendo tudo diferente dos outros assassinatos (a palavra assassinato não lhe é agradável? eu gosto dela): iria matá-la em sua casa, não queria que ela me visse, seria rápida e usaria luvas. Descobri as luvas cirúrgicas esses dias e achei realmente divertido usá-las, principalmente quando são molhadas, sério, a sensação é maravilhosa. Fiquei imaginando o sangue nas luvas até decidir como fazer.
  Coloquei um capuz daqueles que só deixam os olhos de fora e as luvas. Esperei que ela abrisse a porta para entrar. A rua era deserta e ninguém nos viu, ela não me viu. Pessoas que se acham donas da razão normalmente não olham para os lados, andam com o nariz empinado, ela foi assim.
  Quando destrancou e abriu a porta dei um chute nas suas costas e ela caiu de cara no chão. Fechei a porta e vi que ela havia desmaiado, seria mais fácil ainda assim, levei-a para sua cama. No dia anterior eu havia afiado meu canivete, fiel escudeiro, e o corte foi fácil.
  Fiz um corte de lado a lado no seu pescoço, o cheiro do sangue era forte e molhei minhas mãos nele (extremamente prazeroso). Continuei a aprofundar o corte, até chegar a sua coluna cervical. Encaixei o canivete entre uma vértebra e outra e arranquei sua cabeça. Não sei o que era mais pesado nela, a arrogância ou a impertinência.
  Joguei sua cabeça ainda com ódio no vaso sanitário. O corpo deixei na cama. Tirei minhas roupas as luvas e o capuz e coloquei para queimar na pia do banheiro. Vesti-me com o que havia trazido na mochila e coloquei outras luvas para sair sem deixar digitais.

Mais um desabafo de The Sweet.

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